José Maria Filho - Assassinato continua impune, mas líder comunitário tornou-se um ícone de luta contra o abuso de agrotóxicos e a concentração fundiária no Ceará. Foto: MELQUÍADES JÚNIOR |
“Zé Maria, presente, presente, presente! Até quando? Sempre, sempre, sempre” (grito de paz dos manifestantes)
No dia 21 de abril completa dois anos da morte do líder comunitário
José Maria Filho, o Zé Maria do Tomé, morto com vários tiros a caminho
de casa, na Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte. O Movimento 21 realiza, a partir das 16 horas, a Caminhada Pela Paz, em direção ao local onde Zé Maria foi morto. Em seguida haverá uma missa na Capela de Nossa Senhora de Fátima.
José Maria Filho ficou conhecido pelas campanha que fazia de combate
ao uso indiscriminado de agrotóxicos no pólo agrícola da Chapada do
Apodi e à concentração fundiária na mesma região. Sua morte teve
repercussão internacional e gerou mobilização até de 24 ONGs na Europa.
Muitas denúncias, com provas, encontraram amparo no Ministério Público
Federal e na própria Justiça Federal. Mas a contaminação por agrotóxicos
ainda continua uma realidade, conforme pesquisar realizadas tanto por
órgãos do Governo do Estado quanto por cientistas da Universidade
Federal do Ceará. O crime que vitimou Zé Maria continua impune.
O LÍDER comunitário foi minha fonte jornalística durante ao menos
três anos. Na época ele falava de ameaças de morte, mas insistia em
denunciar os problemas, como uma forma de pressionar por solução.
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